Dono dos títulos brasileiro, sul-americano e mundial em paracanoagem, atleta pretende se superar praticando também Motocross.
Por SporTV.com São Bernardo do Campo, SP
Depois de sofrer um acidente de carro em 2009, que causou uma lesão na medula e o deixou paraplégico, o ex-BBB Fernando Fernandes descobriu um talento no esporte e se tornou campeão mundial de paracanoagem. Sem pensar em abandonar os remos, o atleta, apesar da deficiência, agora já pensa em participar de outras modalidades mais radicais, como o motocross (assista ao vídeo ao lado).
- Antes do acidente, andar de moto era algo que eu já fazia. Agora um amigo inventou uma moto (adaptada) e eu já estou treinando - revelou.
O Zona de Impacto foi até São Bernardo do Campo, a 40 minutos de São Paulo, para acompanhar um dia de treino de Fernando, que começa bem cedo. Após um leve aquecimento, o canoísta se concentra para evitar lesões ao entrar no caiaque.
- Meu glúteo é minha sola do pé. Fico sentado o tempo inteiro. Então qualquer machucado nesse momento de transição, acabou. São de dois a três meses parado. É o momento mais tenso - disse à apresentadora Roberta Garcia.
Uma vez na água, Fernando explica que a grande diferença entre ele e um atleta sem limitações é que as pernas ajudam o caiaque se movimentar. Sem os movimentos da cintura para baixo, o ex-participante do Big Brother Brasil precisa utilizar toda a força dos braços para compensar a falta que as pernas fazem.
- Para eu estar bem firme em cima do caiaque, tenho que deixar minha perna em hiperextensão. Então o que eu faço: eu sento aqui e encaixo a minha perna para que o caiaque faça realmente parte do meu corpo. Como eu não tenho a musculatura da perna, ficando em hiperextensão eu consigo controlar, projetar força - explicou.
A história de superação de Fernando contagiou futuros paratletas, como Cleuton Nunes e Luiz Carlos da Silva. Os dois estão empenhados nos treinamentos e, para eles, a canoagem se tornou uma forma de se tornar independente.
- Experimentei basquete, experimentei o rúgbi, mas não me vi com liberdade. Como sou ex-atleta, não me via com a liberdade que eu vi na canoagem - disse Cleuton.
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